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Entrevista com o CIO: resiliência informática e porque é que é necessário um plano

Basil Fuchs, CIO da Brother International Europe, voltou-se para a informática depois de aprender a programar em criança. Atualmente é o responsável de TI na Europa e supervisiona a inovação digital e baseada em dados a partir da sede europeia da empresa em Manchester.

Falámos com o Basil para nos explicar porque é que planificar a resiliência informática é essencial para 2023.

O que o inspirou a trabalhar no setor das TI?

Desde pequeno que tive acesso a um Commodore 64 e tornei-me naquela criança que programava jogos nos intervalos da escola. Assim desde muito pequeno que me senti atraído pelo computador e mais tarde descobri o lado empresarial das TI. Antes de me incorporar na Brother trabalhei no departamento de informática do exército suíço, uma época muito interessante.

Há quanto tempo trabalha na Brother e em que posições?

Comecei como diretor de TI da Brother na Suíça, onde desempenhei várias funções a nível europeu antes de me mudar para Manchester em 2011. Em concreto, passei para a Brother Europa como diretor de portfolio e atualmente sou CIO para a Europa.

Porque é que é tão importante a resiliência informática? 

A resiliência informática é a capacidade de manter a infraestrutura, os sistemas e as aplicações informáticas essenciais em funcionamento, apesar das catástrofes e das interrupções. É importante porque protege os dados e reduz o risco de tempos de inatividade e possíveis perdas desses mesmos dados.

Quem é o responsável pela resiliência informática e como se relaciona com a empresarial? 

Entendemos a resiliência informática como gestão de riscos e gestão da informação. Como profissionais de TI estamos estritamente alinhados com a gestão de riscos corporativos e a  continuidade do negócio, uma vez que facultamos muito processos.

Tanto as empresas subcontratantes como as de TI são especialistas nesta área, e a nossa tarefa como informáticos internos é orquestrar a capacidade de recuperação. Isto significa planear entre todos os participantes e garantir que todos estão alinhados e ao mesmo nível.

Manter a resiliência das TI é uma responsabilidade partilhada entre a direção, os colaboradores e os parceiros. Em última instância, todos têm um papel a desempenhar para que a organização seja mais resistente às interrupções. Por exemplo, é vital criar um modelo resiliente, que seja consciente dos riscos informáticos e possa fazer parte da solução através da formação contínua e o apoio empresarial.

Que tipo de medidas tinha a Brother adotado antes da pandemia da COVID-19?

Não tínhamos previsto uma pandemia mundial nem um fecho temporário, mas podemos fazer a transição para o trabalho à distância graças aos planos de resiliência informática. 

A pandemia foi uma situação única, por isso a comparação mais próxima são os exercícios de simulação que fazemos anualmente. Neles, a equipa de direção representa determinados cenários que poderiam acontecer ou que aconteceram noutras empresas, para pôr à prova a nossa resposta. Assim verificamos o que a organização poderia fazer melhor se essa situação acontecesse na realidade.

Como respondeu a Brother à pandemia da COVID-19?

Passámos rapidamente ao trabalho à distância e podemos fazê-lo com confiança graças às ferramentas e plataformas online que tínhamos colocado em marcha. Houve um período de transição em que tivemos trabalho híbrido e era necessário algum acesso às instalações físicas para os sistemas que ainda não funcionavam na nuvem.

Além disso, o que pensávamos que seriam grandes problemas, como o acesso aos sistemas informáticos, não foram necessariamente os maiores desafios. Era mais uma questão de segurança e a situação pessoal dos nossos colaboradores. Tivemos que nos certificar de que tinham uma webcam ou uma cadeira de escritório em casa caso ainda não tivessem.

O que aprendeu sobre a capacidade de resiliência das TI desde o ponto de vista de negócio?

É uma evolução natural. Anualmente realizamos uma recuperação de desastres, comprovamos que as cópias de segurança funcionam e que os sistemas podem ser reiniciados ou transferidos para outro lugar no caso de haver um desastre mais grave. As abordagens mais modernas incluem aumentar essa revisão periódica, com cenários mais planeados, para não nos limitarmos a reagir a algo, mas para ver como podemos melhorar os sistemas de forma proactiva.

A pandemia também influenciou a nossa forma de criar produtos e serviços. Por exemplo, melhorámos os Serviços de Gestão de Impressão da Brother para ajudar os clientes a aumentar a sua resiliência informática e a sua produtividade, e a reduzir custos no novo mundo laboral híbrido.

Como é que isso influenciou a sua abordagem à resiliência informática para o futuro?

Não podemos prever tudo; essa é uma grande lição. É importante ter flexibilidade e uma equipa capacitada para atuar por sua conta e com rapidez, dentro dos limites que se estabeleçam. Também é importante poder recorrer mais aos nossos parceiros e aos serviços e gestão, como a gestão da impressão, para aliviar a carga de trabalho dos profissionais de informática.

Quais são os maiores desafios que enfrentam hoje os responsáveis de TI?

Atualmente, o panorama informático é muito mais complexo. Antes tudo estava no servidor e era isso que protegíamos. Agora temos informática a partir de casa, na estrada e na nuvem. Por isso é importante estabelecer uma boa gestão e diretrizes fáceis de entender que ajudem a gerir a informação com confiança.

Quais são as três coisas a que deve dar prioridade para garantir a resiliência das TI?

Há muitos fatores que podem contribuir para a resiliência informática. Eu diria que devemos dar prioridade a três aspetos:

  • Segurança: a resiliência informática depende da proteção da informação e os sistemas perante acessos não autorizados, infrações e roubos. Para isso há que investir em processos e tecnologias, como a encriptação, autenticação, firewalls e software antivírus. Além disso, é essencial formar os colaboradores relativamente às melhores práticas de cibersegurança, como utilizar palavras-passe seguras e evitar os emails de phishing.
  • Flexibilidade: a resiliência depende da capacidade de adaptar-se às necessidades e circunstâncias em constante mudança. Para isso é necessário utilizar tecnologias que permitam cargas de trabalho móveis. Exige também a conceção de um ambiente informático resiliente; um que possa gerir as interrupções ou os impactos no rendimento e restabelecer a disponibilidade rapidamente. Aconselho a testar o plano com testes regulares de recuperação em caso de catástrofe e planeamento baseado no risco.
  • Colaboração: dispor de uma sólida rede de pessoas de confiança dentro e fora da organização é fundamental para garantir uma organização de TI resistente. Para isso são necessários processos que facilitem a comunicação e a coordenação entre as diferentes equipas e partes interessadas. Também exige estabelecer confiança, responsabilidade e transparência entre diretores e colaboradores. Há que assegurar que os planos de continuidade de negócio estão alinhados com as táticas de resiliência das Tecnologias de Informação.

Quer obter mais informação sobre como a Brother pode ajudar a sua empresa? Entre em contacto connosco através deste link.

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