
O novo papel da tecnologia fora do escritório
Enquanto as grandes empresas, em maior ou menor número, já estavam habituadas a ter algum do seu pessoal a trabalhar frequentemente fora do escritório (devido a viagens, deslocações ou políticas de flexibilidade e conciliação), nas pequenas e médias empresas esta realidade não era tão comum.
Dizemos "era" porque a situação de confinamento experimentada e a subsequente "nova normalidade" levaram a que, agora em muitos casos, o teletrabalho seja a norma para todos aqueles que podem continuar a realizar o seu trabalho sem necessidade de presença física: consultores, designers, arquitetos, lojas (online), entre muitos outros.
Uma mudança de modelo que, em poucos dias, levou a uma correria, por parte de proprietários e trabalhadores, para se equiparem, e desta forma conseguirem dar continuidade à sua atividade, dar resposta aos seus clientes e manterem os postos de trabalho. Muitos deles ainda estão a reajustar os seus processos, que se devem manter nos próximos tempos, porque os números de infeção ainda indicam que a situação de teletrabalho deverá continuar durante vários meses.
Com o regresso à escola e a primeira vaga já terminada, o grande desafio agora é equipar os trabalhadores com os meios necessários. Assistiu-se nos primeiros dias do confinamento a uma explosão na venda de computadores e monitores, tanto por parte das empresas como pelos próprios utilizadores a nível privado (alguns foram até mesmo forçados a utilizar os equipamentos que têm em casa, provavelmente desatualizados e partilhados com toda a família). Gradualmente, também foram aumentando as vendas de equipamentos periféricos tais como câmaras, ratos, soluções de videoconferência e outras ferramentas digitais essenciais.
Também tiveram (ou terão) de adquirir impressoras e equipamentos multifunções que, em muitos departamentos, são mais do que necessários. Sim, porque temos de ter em conta que, embora os documentos físicos impressos possam ter diminuído devido à impossibilidade de os partilhar agora em papel (embora não nos possamos esquecer que há alguns documentos que precisam de ser assinados fisicamente pela pessoa responsável e enviados por correio ou email), a utilização fundamental da impressão é apoiar a revisão e análise da informação para a tomada de decisões, o que geralmente é feito a nível individual.
Continua a ser essencial que esta troca de contratos assinados, faturas carimbadas, cotações validadas, etc. flua entre a direção e os trabalhadores, entre departamentos ou entre fornecedores e clientes. E por isso é tão importante a impressão tal como a digitalização que, com uma nova geração de equipamentos profissionais com um tamanho apropriado para a casa, é muito mais rápida e eficiente, dado que a maioria deles também tem uma ligação à nuvem (o que facilita precisamente a partilha imediata de documentos). Os equipamentos domésticos que os colaboradores possam ter em casa, nem sempre são capazes de cumprir estas funções específicas, mas o que é certo é que a economia não pára, ou não deve parar, e as empresas devem ser capazes de manter o ritmo para o assegurar.
Não sabemos se os tempos que estão por vir serão melhores, mas o que é certo é que serão diferentes. Os peritos dizem que haverá entradas e saídas de confinamento, durante os próximos meses (ou anos), pelo que o teletrabalho já não é uma alternativa distante, mas uma realidade muito presente para muitos empregadores e colaboradores. E seja qual for o nosso negócio, o digital - chamemos-lhe comércio eletrónico, serviços remotos ou consultoria virtual - é também uma realidade.